sábado, 25 de agosto de 2007

Violado por forças aleatórias, em decorrência das atividades do meio urbano, o perímetro da cidade passa a se diluir na medida em que esta é construída compulsivamente. Coloca-se abaixo a rigidez de todas as regras e linhas organizadas e inter-relacionadas do planejamento. Novas construções trazem novas questões e um ambiente completamente inesperado passa a vir à tona, originado do improviso, da experimentação. Novos elementos, novas ordens espaciais passam a contaminar a cidade, se agregando ao fluxo da sua vida. A cidade se torna um palco de criações e experimentações, “gambiarras” e reparos, amontoamentos e dispersões, onde as bordas e as linhas delimitadas servem de base para uma expansão criadora. Belo Horizonte é construída no imediatismo do presente. É fruída instantaneamente por seus visitantes e habitantes interessados, pela efetivação do seu direito à percepção, em busca de alguma ordem dentro da organização caótica da cidade que faça eco ao seu equilíbrio interior.

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